tfg

Maria Clara Schafaschek de Moraes

Proposta Metodológica de Participação para um Planejamento Autonomista

Orientadora: Profª. Dra. Gislene Pereira

#ParticipaçãoPopular #Democratização #Empoderamento #SociedadeEmRede #AbordagemLúdica


Resumo

A proposta metodológica de participação aqui apresentada, se opõe aos processos participativos comumente empregados pelo poder público, que desconsideram que “o povo seja capaz de pensar certo. De querer. De saber.” [2, p.66]. Nesse sentido, apoia-se na abordagem autonomista de Souza [1], para quem uma sociedade autônoma, onde a separação entre dirigentes e dirigidos foi abolida, seria capaz de manter “uma esfera pública dotada de vitalidade e animada por cidadãos conscientes, responsáveis e participantes”. Na busca desse ideal, o planejamento pode ser entendido como um vetor da mudança social. Apesar de reconhecer a insuficiência de ganhos de autonomia possíveis enquanto a lógica capitalista não for superada, Souza valoriza os pequenos ganhos de autonomia:

“Um tal enfoque pode e deve admitir a possibilidade de que, na atual situação, (...) o aparelho de Estado pode, dependendo da conjuntura e da constelação de forças, protagonizar ações e implementar políticas públicas que conduzam a um aumento do grau de autonomia dos desprivilegiados.” [1, p.177]

Ao longo do processo de participação proposto, a comunidade vai tendo cada vez mais centralidade e domínio sobre as decisões. A intenção é que a mesma se perceba como condutora do processo, tendo nos planejadores a figura de facilitadores, mas não de “donos” da ação. Nesse sentido, o processo deve ser entendido e apropriado pela comunidade, a fim de desenvolver sua capacidade de autonomia. Como forma de promover a reflexão sobre o pertencimento ao território e a corresponsabilidade, o processo se inicia com um primeiro ciclo de ação-reflexão, cuja é fornecer subsídios e espaços de diálogo para que a comunidade se empodere e conscientize, dotando-a de autoestima para conduzir o segundo ciclo, de planejamento. Tais ciclos são complementares, mas interdependentes, e estão sujeitos à vontade e necessidade da comunidade para dar continuidade ao processo.


[1] SOUZA, M. L. d. Mudar a Cidade: Uma Introdução Crítica ao Planejamento e à Gestão Urbanos, 4ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.[2] FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido, 64ª ed., Rio de Janeiro/ São Paulo: Paz e Terra, 2017.
M_Maria Clara Schafaschek de Moraes_2017.1.pdf

EMPODERAMENTO NUMA ABORDAGEM LÚDICA: DESIGN PARA A PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO PLANEJAMENTO

MONOGRAFIA
ANO DE APRESENTAÇÃO: 2017.1
T_Maria Clara Schafaschek de Moraes_2017.2.pdf

PROPOSTA METODOLÓGICA DE PARTICIPAÇÃO PARA UM PLANEJAMENTO AUTONOMISTA

PROJETO
ANO DE APRESENTAÇÃO: 2017.2




contate a autora

iuramariaclara@gmail.com