Este trabalho trata da questão da relação das ocupações humanas com os recursos hídricos do município de Campo Largo, situado na Região Metropolitana de Curitiba. Neste caso, objetivou-se estudar a situação da pressão provocada pelo processo de urbanização sobre as bacias dos principais rios do município: Rio Itaqui, Rio Cambuí, Rio Verde, Rio Passaúna e Rio Açunguí. À sua vez, objetiva-se entender a pertinência da proposta e criação de parques com abordagem ecológica, como uma alternativa à ocupação adequada das áreas indicadas à preservação ambiental. Nesse sentido, ele consiste numa pesquisa exploratória, conceitual e descritiva do tema paisagismo e de uma de suas principais tipologias: o parque. A pesquisa realizada baseou-se na revisão bibliográfica sobre o assunto, assim como na interpretação do cenário atual e da trajetória da urbanização do território deste município. O estudo de projetos semelhantes de parques como um efetivo instrumento de preservação ambiental permitiu estabelecer parâmetros e critérios úteis à conceituação de parque com função ecológica. Evidenciou também, a necessidade de compreender o parque como parte de um sistema de espaços livres a ser planejado à escala do município – a fim de indicar e escolher as potenciais áreas-problemas onde o parque é enunciado como uma alternativa de solução às invasões e ocupações irregulares e de melhoria dos recursos hídricos. Portanto, o trabalho busca justificar a intervenção paisagística como instrumento de proteção ambiental, qualificação do espaço humano e principalmente de manutenção e valorização da paisagem natural. O resultado dessa pesquisa foi a indicação de áreas prioritárias de intervenção, a escolha de uma delas para aprofundamento para qual foram desenvolvidas diretrizes de projeto coerentes com a programação de um parque capaz de desempenhar um papel estratégico no processo de desenvolvimento urbano em Campo Largo.